Poder de compra do brasileiro: qual é o cenário?

Poder de compra do brasileiro: qual é o cenário?

Poder de compra do brasileiro: qual é o cenário?

Inflação, desemprego, salário, juros. Tudo isso impacta no poder de compra do brasileiro e o resultado é a sensação de comprar mais ou menos com a mesma quantia.

Se realmente você estiver desembolsando mais dinheiro para comprar os mesmos produtos, quer dizer que o seu poder de compra diminuiu. 

Ou, se tiver gastando menos nas compras das mesmas mercadorias, então, o poder de compra aumentou no período estudado.

No Brasil, a primeira ideia tem sido a mais comum. E há uma explicação: os preços subiram ano após ano, no entanto, não houve acompanhamento dos salários.

Uma especialista financeira falou disso ao ICL Economia: “na crise de 2015 e 2021 os preços subiram por volta de 10% e não houve aumento salarial equivalente”.

No entanto, há boas expectativas para os próximos anos:

  • 57% das pessoas acreditam na melhora do país, diz a Febraban;
  • BC elevou a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto para 2,3%;
  • Taxa de desemprego é a menor do país em 10 anos, conforme pesquisa PNAD;
  • Metas da inflação são consideradas controladas pelo BC.

Portanto, esse pode ser o melhor momento visando montar uma loja ou atrair mais clientes para o seu negócio, caso já tenha um.

Pensando nesse empreendedorismo, soluções como o crediário próprio, melhor relacionamento com o cliente e redução de inadimplência podem ser assertivas. 

Afinal, estima-se o poder de compra mais positivo para o brasileiro nos próximos meses. Mas, é preciso se lembrar dos fatores que podem impactar nisso.

Continue lendo para ver o panorama, os dados atuais e uma análise da relação com o varejo. 

Como está o poder de compra do brasileiro hoje?

Como está o poder de compra do brasileiro hoje?

Para saber como está o poder de compra do brasileiro é preciso entender o conceito de Paridade do Poder de Compra, um índice do Fundo Monetário Internacional.

Ele considera o preço de um conjunto de bens entre países e a taxa de câmbio nominal. Então, é possível observar a trajetória ao longo de um período.

Só que há outros índices e formas de saber essa informação. Por exemplo, avaliando produtos especificamente e descobrindo o quão são acessíveis à população.

Aqui temos os famosos exemplos do Índice Big Mac e Índice iPhone. Na ordem, eles comparam o preço do sanduíche e do smartphone nos Estados Unidos com outros países.

O mesmo raciocínio pode ser usado para comparar o salário-mínimo das pessoas, assim como o preço da Cesta Básica de Alimentos.

No Brasil, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) tem publicações com dados desde 1994.

A TV Cultura divulgou uma informação importante falando disso, na prática: “brasileiros perdem quase metade do poder de compra nos últimos 10 anos”. 

E pontuou:

  • A inflação do país subiu 88,05%;
  • O ganho real do trabalhador foi 3%.

Agora, se você é alguém que gosta de dados, vamos lá! Um levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT) fez um ranking de países e comparou o poder de compra.

A análise considerou o salário mínimo de 105 países e o Brasil ficou na 51ª posição, com um poder de compra de US$ 497, mesmo sendo a 9ª maior economia conforme o FMI.

O conteúdo que traz essa informação foi publicado na CNN Brasil.

O copo meio cheio

A explicação para números citados anteriormente está nas palavras de uma professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV): pandemia. Veja o que ela disse à Agência Brasil:

“A inflação alta no pós-pandemia é explicável e abrange o planeta. Tivemos problemas sérios, de rompimento de cadeias produtivas, mudança geopolítica mundial, guerras […]”.

O mesmo texto, porém, traz boas perspectivas: a inflação começou o ano em desaceleração. “O IPCA, que acumulava 4,51%, caiu para 3,69%”.

Esse índice pode ser acompanhado mês a mês no site do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Outras estatísticas do mercado estão no Boletim Focus.

É por isso que ambos, consumidores e lojistas, estão em busca de novas formas de estreitar relacionamentos, seja com descontos, crediários ou até novas formas de precificar.

O que influencia no poder de compra?

O que influencia no poder de compra?

Se nada mudar, qual é o caminho mais natural de acontecer? Que todas as moedas do mundo se desvalorizem. Por isso, os Bancos Centrais adotam medidas para mudar isso.

Elas podem ser no controle da inflação, por exemplo. Da mesma forma, as empresas agem em busca do desenvolvimento, como na fomentação nas vendas parceladas, etc.

De maneira geral, alguns fatores influenciam diretamente no poder de compra, veja-os!

Emprego

O nível de emprego é sempre um fator preponderante nesses cálculos porque influencia diretamente nas compras da população.

Renda

Quando há aumento da renda, há o aumento do poder de compra, obviamente. Então, os consumidores compram mais e isso aquece o mercado todo.

Inflação

A conta é simples aqui: quando há aumento da inflação, o poder de compra é corroído. Ou seja, reduzido, diminuindo a quantidade de bens adquiridos com a mesma renda.

Crédito

Mais um fator que merece a sua atenção é o crédito, que pode ampliar o poder de compra, mas exige muita cautela devido à alta capacidade de endividamento.

A relação do poder de compra com o varejo

Há um grande impacto do poder de compra do brasileiro com o varejo porque é a partir dessa compreensão que os consumidores e lojistas podem se posicionar no cenário atual.

Por exemplo:

  • Poder de compra em alta: aumento da renda e maior consumo;
  • Poder de compra em baixa: menor renda e diminuição do consumo.

Na prática, temos resultados como:

  • Consumidores: avaliam mais o custo-benefício, prioridades e crédito disponível;
  • Varejo: devem se atentar às melhores estratégias de vendas e atividades.

Consequentemente, você pode ver um ciclo no qual o poder de compra impacta na demanda de bens e serviços, alterando o comportamento do consumidor e o varejo.

De modo que compreender os fatores que incentivam ou desestimulam esse indicador é o primeiro passo para pessoas e empresas se adaptarem às mudanças mercadológicas.

Seja na busca por uma compra mais assertiva (consumidor) ou no ganho de competitividade (lojas), a busca por conhecimento se torna fundamental neste momento.

Como na hora de entender sobre a tendência da economia circular ou no uso da Inteligência Artificial na tomada das melhores decisões.

Para isso, é tão importante estar atualizado sobre as nuances, tendências e números do mercado consumidor brasileiro. Continue a sua pesquisa e estudo no blog Tidas.

Mas, o que é o poder de compra?

Se você chegou no fim deste conteúdo, mas ficou com alguma dúvida sobre a expressão mais mencionada aqui, vale se atentar ao conceito: o que é poder de compra?

As plataformas de notícias resumem assim: “capacidade financeira de adquirir bens”.

E tem aquele exemplo muito conhecido que ilustra muito bem isso: com a mesma quantidade de dinheiro, você consegue comprar mais ou menos do que comprou antes?

Se a sua resposta for positiva, é porque houve aumento no poder de compra. Em caso contrário, houve queda nesse poder.

Por isso, o conceito é tão estritamente ligado a outros termos, como da inflação e renda, como vimos neste blog. A Serasa explica isso com uma analogia interessante:

“Quantos reais eram necessários para comprar 1 quilo de feijão antes e agora? Se o seu salário não aumentou e você precisa de mais dinheiro, o poder de compra diminuiu”.

Essa ilustração ajuda a entender o principal objetivo do poder de compra: identificar a relação entre o que uma população ganha e o que ela gasta.

Gostou deste conteúdo? Continue aprendendo sobre o mercado financeiro e o varejo no blog Tidas.

Compartilhe:

Leia também:

Assine nossa newsletter!

Cadastre-se e receba
nossas novidades: